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A batalha da Lava Jato
Professor Iuri
No último mês de março, a Operação Lava Jato completou quatro anos de
atuação. Ao longo de suas dezenas de fases operacionais, a Lava Jato decretou diversas prisões, conduções coercitivas e mandados de busca e apreensão, envolvendo politicos importantes de diferentes partidos, funcionários públicos e empresários brasileiros renomados. Certamente, consiste na maior operação de combate à corrupção da história do Brasil.
Desde 2014, o Juiz Sérgio Moro vem se tornando conhecido por comandar o
julgamento dos crimes deflagrados na Lava Jato. Moro é hoje uma figura pública
brasileira, e inúmeras vezes é abordado por admiradores para uma selfie ou convidado para participar de um programa de TV. O juiz-celebridade, muito reservado, normalmente dispensa os convites. Tamanha é a notoriedade de Moro que, com frequência, seu nome aparece nas pesquisas eleitorais para presidência. Existe um entusiasmo, talvez exagerado, em relação a alguém que apenas está cumprindo sua função com competência e seriedade.
Apesar dos relevantes êxitos obtidos pela Operação Lava Jato e pela condução
de Moro, eles sofrem resistência de relevantes setores da sociedade. Estes grupos
desenvolvem suas críticas a partir de duas visões: ou entendem que a vigência da
operação Lava Jato dificulta a superação da crise econômica e o crescimento brasileiro, ou criticam a condução da operação defendendo que sua atuação é seletiva e concentrada sobre um ou outro