A derrota da Alemanha para o México , uma hora antes da estréia da Seleção Brasileira contra a Suiça animou a todos. Em Icaraí , como em todos os lugares do país , um foguetório invadiu a calmaria dos lares deixando um clima de euforia no ar.
Neymar com mais um corte de cabelo espalhafatoso de pop star , contrastava com uma postura tímida e tensa do técnico Tite. Quando a bola rolou , tais detalhes poderiam ter ficado em segundo plano , mas não ficaram.
A falta de sintonia , de definição de padrão , predominou do inicio ao fim.
Neymar nunca ficou a vontade , produziu abaixo da expectativa e chegou a dar um susto ao levar uma pancada no pé direito , operado há 3 meses.Mas não saiu de campo e disse que não foi nada preocupante.
Tite estava tão atônito , que nem vibrou com o golaço de Phillipe Coutinho aos 19 minutos , no ângulo do goleiro suiço Sommer.
Mas quem esperava que a Seleção iria deslanchar a partir dai , se enganou.
Neymar, apático, e muito marcado, parecia contagiar todos os atacantes. Nem Phillipe Coutinho produziu o esperado.
Com um meio campo pouco criativo , a torcida parou de soltar fogos e de " cantar vitória " antes do tempo. O silêncio nas ruas e nos bares , evidenciou a preocupação durante todo o intervalo.
E estava todo mundo certo. A Seleção voltou mais insegura para o segundo tempo e logo aos 4 minutos , a Suiça atacou pela direita e cruzou na área.Todos zagueiros ficaram parados. O único que se mexeu foi Miranda, movido por um empurrão do atacante Zuber, que assim pode cabecear sem chance para Alisson.
Era um lance claro para o árbitro de vídeo intervir.Mas nem a imagem sendo passada no telão do estádio convenceu ao árbitro da partida, o mexicano César Ramos a utilizar a novidade desta Copa.
Outra reclamação com a arbitragem foi num lance em que Gabriel Jesus foi derrubado na área. Outra vez a tecnologia não serviu para elucidar a dúvida.Estaria havendo algum problema entre a Fifa e CBF ?
O que se sabe é que a Seleção tem que esquecer os elogios exagerados e desnecessários da única televisão brasileira que está cobrindo a competição e treinar com mais seriedade o sistema tático , já que vários jogadores remanescentes de 2014 , como Fernandinho , continuam a desejar na parte técnica , deixando Tite sem alternativas quando é preciso fazer alterações.
A partida contra a Costa Rica nesta sexta feira deve ser encarada como se fosse uma verdadeira final.O silêncio geral , depois do empate contra Suiça , tem que ser substtituído pelo ensurdecedor foguetorio que estamos acustumados depois das vitórias. Mas é preciso mudar.Das cabeças , aos pés.
