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Racha da Osvaldo Cruz completa 50 anos de tradição na Praia de Icarai

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    A rapaziada mais nova talvez nem saiba. Mas quando o nome é escrito nesta antiga prancheta, colocada em cima do balcão do Quiosque da Edna, comandado por ela,

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 pelo marido, irmão e pai,está sendo mantida uma tradiçåo que completa 50 anos na Praia de Icaraí.

     A cena se repete todo domingo bem cedo. As 7 horas da manhã.No campo entre as ruas Osvado Cruz e Belizario Augusto. " Basta pagar 5,00 (cinco reais ) para lavagem dos uniformes", revela um dos fundadores do racha, Joubel Viana, empresário, 68 anos.

- Comecei com 18 anos. Hoje contamos 47 pessoas falecidas e mais de 20 jogadores profissionais revelados nesta pelada.

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     Joubel orienta os jovens

 Campeões mundiais como Gerson e Jair Marinho passaram pelas areias de Icaraí  neste racha de meio século de existência. Além deles, os irmãos Lemos - Cesar, Caio e o já saudoso Luisinho. 
     Isso sem falar em nomes como, o hoje técnico Paulo Campos, e o irreverente Ernande, ex Vasco.
Outro fundador é o respeitável " árbitro " Eliomar Menezes, 77 anos.

- Só parei de jogar em 2016 por que tive que operar o coração. Não dou moleza. Marco em cima e se tiver que expulsar, expulso mesmo apesar da amizade com todos.
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       Eliomar impõe moral

  E a " pelada " tradicional de Icaraí, frequentada em sua maioria por moradores do Morro do Cavalão, é programa imperdivel até para os mais jovens, que não se importam com o horário. O meia Romulo Soares, de 27 anos, é um deles.

- Evito sair pra fazer noitada  aos sábados. Trabalho durante o dia e volto pra casa pra dormir cedo. O espirito de camaradagem que rola aqui motiva a gente a não perder um racha.

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                      Romulo

     O racha praiano só não acontece debaixo de chuva muito forte, segundo Seu Moacir, 75 anos, esbanjando vitalidade até hoje nos jogos.O eletricista Paulo Carvalho, de 68 anos, hoje em dia só assiste, mas conta que disputava esta pelada desde 13 anos.
" Marquinho Farias, que foi reserva de Doval, no Flamengo, era outro destaque que saiu daqui ", informa Paulinho, como é mais conhecido.

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    O certo é que a pelada agrada a todos. Poucos resistem a dar uma paradinha no calçadão, pra ver um lance ou outro. Quem passa batido perde a oportunidade de observar talentos que poderiam estar jogando profissionalmente.

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             Michael

   O zagueiro Michael Silva, de 25 anos, não tinha dinheiro pra treinar em Xerém, na base do Fluminense, quando era um adolescente de 15 anos e acabou interrompendo o sonho de defender o time tricolor. Quem o vê jogar, acha que ele não deve desistir. " Vamos ver como ficam as coisas daqui pra frente ", comenta esperançoso.

   Futebol ele tem para mostrar. Mas por enquanto só neste racha especial da Praia de Icaraí. " Isso é uma terapia. Uma verdadeira cachaça " compara Joubel.