Esta foto do torcedor solitário chorando depois da eliminação do Brasil, simboliza o estado de toda nação. E nem nos surpreendemos mais. Ha 2 décadas, este trágico acontecimento, invade lares, bares, ruas e corações. A cada quatro anos, não  tem jeito. A tristeza toma conta do astral, surgem dúvidas e reforçam -se convicções.

    Uma delas é a recorrente falta de identidade nacional dos jogadores que atuam no exterior,  com o nosso país. Para muitos, apesar deste problema, são  ainda assim convocados os melhores. Mas obedecendo quais critérios ?

    O certo é  que a Seleção começa a se impor na competição, o torcedor se anima, mas a equipe não  passa das quartas de final.

    O resultado acaba se refletindo no comportamento de todos no dia seguinte. No day after. Praias vazias em pleno " sol de verão ", (que só  começa oficialmente  no próximo dia 21) e bares também vazios. Poucos se animaram a assistir na rua, o jogo da parte da manhã, entre Portugal e Marrocos. Poucos se importaram se Portugal, também foi eliminado e também voltou pra casa mais cedo.

   A foto dos bares do Polo Gastronômico da rua Nóbrega, no Jardim Icaraí, na zona sul de Niterói,  comprova o fato.

    A tarde, assistir em casa, longe do excesso de bebidas, gritos, vulvuzelas e gente bêbada,  a talvez o melhor jogo da Copa, disputado por Inglaterra e França foi uma excelente opção. A França venceu por 2 a 1 e  o selecionado da Inglaterra também perdeu um penalti, dando um certo consolo pra gente. E logo o astro Harry Kanne, que tinha feito uma cobrança perfeita e marcado o primeiro gol da deles. Quem diria,  Harry Kanne teve um " dia de Rodrigo e Marquinho ".

   Com as semifinais definidas para a próxima terça feira, com o jogo Argentina X Croácia e no dia seguinte, na quarta, entre França X Marrocos, ambos as 16 horas , fica no ar uma certa tranquilidade.

Quem vai ganhar ou perder, pouco importa.

     Não vai ter mais sofrimento, nem perda de tempo. No jogo do Brasil X Croácia  os bares lotaram de torcedores,  que foram da tensão total, a alegria imensurada com o golaço do craque Neymar, quando passamos a pensar que venceriamos a partida. Afinal, só faltavam quatro minutos para o fim. O sociólogo Luiz Carlos, de 68 anos, viajou de Resende para Niterói,  só  pra se juntar aos irmãos na torcida verde e amarela e extravasou.

     Mas ficou definitivamente explícito, que ninguém neste grupo tem a técnica, garra e categoria de Neymar.  Agora, é aproveitar o novo ciclo, e  implantar ideias novas na CBF, principalmente na transparência  dos critérios  de convocação. Para que ninguém, nem torcedor e muito menos, jogadores, voltem pra casa derrotados, frustrados por uma conquista cada vez mais difícil.