Uma grande contusão parou Icaraí na última sexta feira e o assunto continua entregue a 77a Delegacia de Polícia do bairro. A dona de casa Isabel Sueli de Miranda, de 73 anos, teve a perna direita mordida por um cachorro da raça Doberman, dentro do Supermercado Princesa, da Moreira Cesar, aos olhos do tutor e de inúmeros clientes.
O jovem Ian Meliany Gonçalo, de 22 anos tinha ido ao supermercado comprar pão, leite e queijo. Apesar da entrada de animais ser proibida, ele contou com a distração dos seguranças e entrou com o cão, que para piorar a situação, estava sem focinheira.
Quando estava na fila do caixa, não notou que a boca do animal ficou próxima a perna da mulher.
Bastou ela se mexer, num gesto mais brusco, para o o Doberman mordê-la, causando um ferimento feio e profundo na altura da coxa.
Dona Isabel Sueli estava sozinha mas recebeu apoio de todos que viram o sofrimento dela de perto. A perna dela sangrou muito. Ela foi levada pra UPA do Largo da Batalha e preciso levar 38 pontos.
Pressionado e cobrado pelo uso da focinheira, já que até então todos pensavam que a Lei 2.140 de 2011, que obriga aos donos de cachorros mais ferozes, a utilizar o equipamento, o rapaz tentou se explicar. Mas, nervoso não conseguiu. Ian é apenas um dos milhares de moradores de Icaraí, que possuem cachorro.
Pela calçadas apertadas do bairro, o que se vê diariamente, é um desfile interminável de raças, tamanhos e temperamentos.
A defesa do estudante de Educação Física, Ian Meliany, trabalha com afinco no caso e contesta garantindo que a Lei tem brechas. Já foi modificada e teve o uso da focinheira considerado optativo, em decisão da Assembleia Legislativa de Mato Grosso. A obrigatoriedade depende da raça e também do histórico comportamental do cão.
- Isso nunca aconteceu. Ele nunca mordeu ninguém !- gritava desesperado o jovem Ian.